domingo, 26 de fevereiro de 2017

Práticas Pedagógicas Inclusivas no Instituto Federal de Votuporanga

Entre as práticas pedagógicas inclusivas utilizadas pelos professores do Instituto Federal de São Paulo - Câmpus Votuporanga, duas se destacaram no ano de 2016: Atividades inspiradas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e a "Dinâmica de Acessibilidade".
 
Atividades inspiradas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos [1]

No mês de agosto de 2016, o Professor de Educação Física Me. Hudson Fabricius Peres Nunes, membro do NAPNE (Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas) organizou com os alunos dos Cursos Técnicos integrados ao Ensino Médio atividades educacionais inspiradas nos jogos olímpicos e paralímpicos. No estudo das competições paralímpicas, a ênfase foi dada em 3 modalidades esportivas. A primeira delas foi o “goalball”, em que os jogadores, de olhos vendados lançando uma bola que emite sinais sonoros, a segunda modalidade foi o “futebol de 5”, na qual, com vendas nos olhos, atletas jogam com uma bola sonora e são orientados na quadra pelo técnico, chamador e goleiro (este sem deficiência visual) e a terceira modalidade foi o “voleibol sentado”, em que, as equipes jogam sentadas, separadas por uma rede baixa.

Antes de ir para o jogo, os alunos fizeram atividades de adaptação: em dupla, um aluno conduzia outro, vendado, pelo câmpus do Instituto Federal. 

#PraCegoVer: Na fotografia alunos em duplas descem uma escadaria onde um dos alunos tem os olhos vendados e o outro caminha ao seu lado como guia.





De acordo com o Prof. Hudson, o objetivo é que os alunos vivenciem esses esportes adaptados a fim de que façam uma reflexão sobre as deficiências. “Como estamos contextualizados, a reflexão é importante: chamar a atenção dos alunos para as paralimpíadas, já que muitos nem sabem que o Brasil foi o 7º recordista de medalhas nas paralimpíadas de Londres, em 2012, e espera ser o 5º colocado agora em 2016.

 #PraCegoVer: Na fotografia os alunos estão na quadra poliesportiva. Os alunos estão jogando “goalball”, em que os jogadores, de olhos vendados lança uma bola que emite sinais sonoros.


Para Leonardo Belo Kisihara, aluno do 1º ano do Ensino Médio do Instituto Federal, as atividades foram muito enriquecedoras, pois despertaram o olhar para as dificuldades que os portadores de necessidades especiais têm de enfrentar. “Muitos paratletas superam as próprias limitações e mostram ao mundo do que eles são capazes. As paralimpíadas constituem um evento muito importante para promover a inclusão”, concluiu.


Dinâmica de Acessibilidade [2]

Com o principal objetivo de integrar o conhecimento teórico-acadêmico à prática da vivência de pessoas com restrição de mobilidade, a Profa. Ma. Naiara Luchini de Assis Kaimoti e o Prof. Me. Guilherme Shoiti Ueda propuseram aos alunos do 2º semestre do curso de Engenharia Civil e do 2º ano do Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio uma dinâmica com foco no aprendizado de questões referentes à acessibilidade e sua correta aplicação nos edifícios.

#PraCegoVer: Na fotografia alunos caminham pelo pátio utilizando vendas nos olhos e cabos de vassoura que servem como bengalas. Outros alunos acompanham eles ajudando.



A atividade aconteceu em setembro de 2016. Os alunos foram divididos em grupos e, enquanto alguns tiveram de se locomover em cadeiras de rodas por todo o Câmpus Votuporanga, outros usaram cabos de vassoura e venda nos olhos para simular a realidade dos cegos. Durante o trajeto, um ou dois alunos ficaram responsáveis pela orientação espacial (os guias) enquanto outro se encarregou de anotar todos os obstáculos.

#PraCegoVer: Na fotografia alunos  atravessam a rua em frente ao Câmpus Votuporanga pela faixa de pedestres. Um deles anda de cadeira de rodas, outro com venda nos olhos e uma bengala e outro os ajuda atravessar.


Referências:
1 - http://vtp.ifsp.edu.br/vtp20/
2 - http://vtp.ifsp.edu.br/vtp10/

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